Quer um emprego? Pergunte-me como!Marco Sanchotene
Gazeta do Povo - Curitiba, Classificados, 2
Os anúncios estão por toda a parte, no jornal, na Internet, estampados em carros ou em cartazes na rua, e sempre dizem a mesma coisa: “Trabalhe em casa, faça seus horários e ganhe de R$ 1 mil a R$ 10 mil por mês em vendas diretas!”. A maior parte das pessoas desconfia, mas quem acredita diz que o negócio dá certo e que é uma boa oportunidade para quem está desempregado. Tanto que o setor está crescendo, apesar da inércia do mercado de trabalho formal. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd), no 1.º trimestre deste ano o setor manteve crescimento e movimentou R$ 2,9 bilhões, 10% a mais do que no mesmo período do ano passado, em números corrigidos pela inflação. Além do aumento na receita, a quantidade de revendedores ativos também aumentou 10% – de 1,5 milhão para 1,65 milhão – e o volume de ítens comercializados cresceu 7,5% – 20 milhões a mais do que os 250 milhões vendidos no mesmo período de 2005. Os números impressionam, mas o sistema de vendas diretas permite que a pessoa comece com um baixo investimento e sem formação específica. Basta ter força de vontade e determinação para que o retorno venha de forma rápida. É o que comprova a consultora Denise Pozzo, da Natura. Formada em Arquitetura e Urbanismo, Denise largou a profissão para criar seus filhos e quando tentou voltar encontrou um mercado diferente, que exigia atualização. “Quando saí, usávamos prancheta. Quando quis voltar estava tudo computadorizado e eu não acompanhava”, relembra. Há cinco anos, lendo os classificados de um jornal, Denise viu um anúncio da Natura que procurava vendedores e resolveu se informar. Dias depois ela recebeu uma promotora em sua casa, se interessou pelos produtos e começou a vender. “Foi como a última tentativa para conseguir emprego, mas depois que comecei vi que dava certo”, conta. O primeiro ano foi o mais difícil. “A gente tem vergonha de chegar nas pessoas para apresentar o produto. Nesse período ou a pessoa fica de vez ou sai”, afirma a consultora. Agora, ela consegue uma renda líquida de R$ 1 mil ao mês vendendo os produtos da Natura. Elayne Amaral, supervisora da Herbalife, conta uma história semelhante. A diferença é que ela conheceu os produtos com o marido em um jantar na casa de um amigo. “Fomos convidados para uma apresentação, nos interessamos e compramos. Como deu certo, achamos que era uma oportunidade de negócio”, fala. Isto foi há um ano. No primeiro mês como vendedora, Elayne ganhou cerca de R$ 700. No segundo, o valor subiu para R$ 950. Agora, a renda é de R$ 2,3 mil e representa uma parte importante no orçamento da família. “Os ganhos foram só aumentando. Agora recebo ‘royalties’ por auxiliar outras vendedoras”, conta. Para Fernando Junqueira, diretor-geral da Forever Living no Brasil, outra empresa que trabalha com vendas diretas, a vantagem do sistema é que os produtos são mais fáceis de vender, pois os preços costumam ser bem mais baratos do que numa loja. “Pelo sistema tradicional, o fabricante vende o produto para um intermediário, que vende para a loja, que vende ao cliente, enquanto no nosso sistema o produto vai do fabricante para o vendedor, o que elimina gastos”, justifica. Além disso, a venda pode servir como atividade complementar, que não atrapalha o trabalho principal. “A pessoa pode trabalhar em casa, nas horas vagas”, acrescenta. De acordo com o diretor-geral, outra facilidade é que a propaganda é feita no boca-a-boca, pelos próprios clientes. Outra empresa que oferece emprego pelo sistema de vendas diretas é a Avon. “O bom é que a pessoa pode começar do zero, sem investimento. Ela recebe o folheto, encomenda os produtos que vai vender e só depois precisa pagar”, conta Nivaldo Frutuoso, gerente de vendas para a região Sul da Avon Brasil. “A oportunidade é aberta para todos, até homens”, adiciona.
Preocupação com bem-estar impulsiona vendasNatura, Forever Living, Herbalife e Avon têm outra característica em comum além de usar o sistema de vendas diretas: todas apostam em produtos para beleza e saúde, de preferência naturais, como cosméticos, suplementos alimentares e produtos de higiene. O negócio cresce justamente na esteira da preocupação com o bem-estar e qualidade de vida. “No mundo inteiro isso tem prosperado muito, principalmente nos ramos de bem-estar, saúde e nutrição. Nos Estados Unidos, percebeu-se que a classe média alta começa a se preocupar com sua saúde e aparência quando já comprou um carro, uma casa e criou os filhos. Esse é um consumidor com um poder de compra muito alto”, explica Fernando Junqueira, diretor-geral da Forever Living no Brasil. Normalmente, quem começa a vender é a pessoa que já usa o produto e confia na eficácia dele. É o que diz Elayne Amaral, supervisora da Herbalife. “A pessoa precisa usar e gostar dos produtos. Eu não entendia nada de vendas diretas, mas os produtos da Herbalife lidam com o bem-estar e isso que é gostoso: ver as pessoas felizes, quando sentem os resultados. Isso dá muita satisfação”, completa.
Empresas oferecem treinamento e cursos a vendedoresAs empresas que trabalham com venda direta têm diferentes meios de premiar os vendedores mais ativos. A Forever Living, por exemplo, divide os lucros a cada ano. “No ano passado demos R$ 1,4 milhão. Alguns distribuidores ganharam R$ 10 mil, outros R$ 30 mil, enquanto uma pessoa sozinha recebeu R$ 712 mil”, conta Fernando Junqueira, diretor-geral da empresa no Brasil. “Tem gente que ganha R$ 1 mil por mês e está bom. Alguns querem ganhar mais e passam a se dedicar inteiramente ao trabalho e a empresa dá ferramentas para isso”, acrescenta. Junqueira se refere aos treinamentos que a Forever Living oferece para os distribuidores, gratuitamente. Na Herbalife também é assim. “Eles dão todo o desenvolvimento necessário”, conta Elayne Amaral, supervisora da empresa. O sistema de premiação é um pouco diferente, mas permite à pessoa deixar de vender para se tornar supervisor e cuidar apenas de uma rede de vendedores. “Se eles também estiverem vendendo, você passa a receber 2%, 5% ou 7% do valor”, explica Elayne. A Natura é outra que investe na capacitação das consultoras. “A empresa dá um verdadeiro suporte ao trabalho da consultora. O objetivo é que, com o treinamento e o acesso aos mais variados cursos, ela se torne uma especialista nos produtos, sabendo realmente orientar e aconselhar os clientes”, afirma o gerente de Mercado da Região Sul da empresa, Pedro Gonzales. Além disso, adiciona o gerente, a consultora com anos de casa recebe incentivo às vendas e pode visitar a empresa.
Comece a venderPara ser bem sucedido no ramo de vendas diretas, siga as dicas dos especialistas:
Aprenda a se relacionar com as outras pessoas. Não adianta querer vender sem saber conversar como todo o tipo de gente.
Tenha uma boa rede de contatos, para facilitar a divulgação dos produtos que você está vendendo.
Tenha iniciativa, disposição e seja otimista, já que existem inúmeras barreiras para alcançar o sucesso.
Trabalhe com planejamento e estabeleça metas. É preciso ser muito organizado para aproveitar bem o tempo disponível e ganhar mais.
Tenha seriedade, como em qualquer outra atividade.
João Batista
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